Rascunho do rascunho

Mais uma compilação de textos não postados, inacabados, esquecidos, abatumados, embolorados e um tanto quanto perturbadores. Quando eu leio textos assim, que eu nem lembrava ter escrito, é que eu vejo o quanto minha cabeça é perturbada. Tenso. Mas beleza. (:

"Do rio que tudo arrasta, diz-se que é violento. Mas ninguém chama violentas às margens que o comprimem." (Bertold Brecht)

"Se você quer fazer uma torta de maçã desde o começo, tem que primeiro cirar o universo." (Carl Sagan)

"Não te preocupes demasiado com o dia de amanhã. Ele despontará com as suas próprias dificuldades. A cada dia basta o seu fardo." (Leiria Rui Santos)
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Preocupe-se apenas em levar o seu próprio fardo, e aprenda que jamais saberá nada sobre o fardo alheio; pois por mais que se tente medir as suas dimensões, nunca se passará de mera suposição barata.
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Sábado. Um belo dia lá fora. Aqui, ouço apenas os suaves ruídos disso que chamamos silêncio, que nunca é o silêncio pleno. Minha cabeça é uma balbúrdia só. Exausta de buscar no que pensar. Inquieta. Atarefada com o tédio. Seria uma bela hora para fumar um cigarro, ouvir os sons da rua, e não ser perturbado pelo ócio, pela gula, pelo relógio, pelo telefone e por esse silêncio incômodo.
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Saudades dos tempos em que meu espírito encontrava-se alegre; e acessível. Tinha lapsos de genialidade e mostrava-se pleno, e forte como rocha, ao mesmo tempo em que era leve e livre. Sinto-me como zumbi. Como máquina. Sem o toque da luz.