Família ê! Família ah! Família!

Até que ponto a paciência é uma virtude?
Não sei. Não há "pontos" que definam padrões aceitáveis, assim como não há padrões e também não existem virtudes. O que existe são características. E divagações. Tal como esta.

Se você pudesse, você se daria um conselho ou um consolo? E você seria franco? Duvído muito.

Quando você se encontra em meio a uma discussão entre outras pessoas, onde nenhuma delas tem razão, pelo simples fato de não terem respeito mútuo, desconhecerem o termo compreensão e basearem suas palavras em seu egocentrísmo, defendendo assim o orgulho que sentem por serem elas mesmas, por mais frágil e insustentável que este orgulho seja, você sente vontade de xingar? Amaldiçoar à todos? Vomitar? Apaziguar a situação? Ou continuar comendo sua salada de cebola com tomates sentindo um ódio mortal de todas as pessoas na mesa?

Se você conhecesse um sujeito que fica escrevendo perguntas sem sentido (mas mesmo assim, que fazem muito sentido) em um lugar onde ninguém vai lê-las, qual a imagem você faria dele? Você bateria com a cara dele no meio fio para ele sentir um pouco de calor humano e de realidade?
Superficial

Me aterrozia o fato de haver
quem crê
que o remédio pra ver curar a dor
é mais forte que saber
escolher.

Esperar pra ver
o que não vai existir.
Que seja assim, eles dizem,
sem saber
porque.

Não corra não, mas também não fique aí,
feito a estátua na praça dos meninos pobres
e os cães de raça das donas esnobes;
Superficiais.

Que não ajam delitos pra encobrir...
E, sim, ajam motivos pra aplaudir.

Se o perigo mora, sempre, ao lado
visualize o perímetro...

Mora ao lado de quem?
Ao lado de quem?

Talvez, quem sabe, seja você
o perigo em potencial.