Loucura, ou seja lá qual for o título



          Loucura? Não. Mas cheguei num ponto onde as idéias me aprisionaram, cada pensamento e cada reflexão são como uma corrente que me amarram às pernas, e agora, explicitamente agora que queria andar e descobrir, não posso, estou atado. Tento tomar algo por verdade, algo por ponto de partida, mas não. Ou acredito em tudo, ou não acredito em nada. Ou estou em todos os lugares, ou em lugar algum. Esse é meu fardo, no momento. Preso no que li, ouvi e descobri a vida inteira. Uma idéia que afirma, outra que contradiz a primeira, mas logo vem outra pra se sobrepor à última.
          Loucura? Não sei. A busca do conhecimento é perigosa. Principalmente quando você, assim como eu fiz, busca o conhecimento levado apenas pela curiosidade cerebral, seja lá o que você entende por isso. O cérebro é um negócio muito louco. É, talvez, a maior obra da natureza, e está dentro da sua cabeça, te controlando e, mais que isso, sendo influênciado por outros cérebros.
          Loucura? Sim. Mas e daí? Quem se importa afinal? Quem ler isso vai achar isso ou aquilo e vai continuar fazendo as suas coisas, do seu jeito, ou do jeito que acha que deve, não sei. Só sentei pra escrever, e acabei escrevendo, veja só, que coisa! Idéias soltas, palavras que não valem nada, blablabla... Esse é, provavelmente, o texto mais solto que já escrevi, o que me faz pensar que comecei a escrever amarrado à uma bola de ferro, e agora estou correndo, cardíaco, por aí.