Foram-se os dias em que meu estômago era ácido, angústia e fúria!
Meus argumentos contra ou à favor de qualquer fim são, agora, fumaça!
Não me restam mais forças pra discussões.
Agora sou, por inteiro, parte do inútil.
Vou me dar a liberdade de ser humano,
e viver daquilo em que eu quiser acreditar.
Deixo de lado o medo de parecer ingênuo.
Me abstenho da terra e me agarro ao vento.
E, assim, me desapego do medo de voar,
do medo de sorrir ou de chorar na frente de quem for.
Sou humano, e só. Nenhuma gota à mais de Deus.
E, por isso, enterro o medo de nunca entender o que não há de ser entendido.
Pois não há  nada para se compreender. É só vida.
E, esta, não  é nada menos do que um milagre!