Ei, você!
Reclamas-te de quê? (depois do arroto)
Estava sem sal, sem mel, quer chá?
Eis o quê te digo:
Sua vida é tão banal quanto o jornal que você lê!
E, por favor, apague a luz quando sair.

O aleijado, já sem fé,
atravessou a rua nem a pé;
Pra poder esmolar mais perto da bodega.
Afinal, à ele a sociedade só entrega
a condição de se arrastar pela cidade.
E não cabe à ninguém julgar
se a pinga o salva ou não da cruz.